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Secretaria de saúde intensifica ações de combate e prevenção à Hanseníase

26/01/2015

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde está intensificando o trabalho de orientação em decorrência do Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase. De acordo com o Secretário, o trabalho de orientação além da divulgação de informações sobre a doença na imprensa, será intensificado nas salas de espera das unidades de saúde, no perímetro urbano e rural, além da atuação das agentes de saúde.

 

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae.  A doença é curável, mas se não tratada pode ser preocupante. O tratamento é oferecido gratuitamente pela rede pública de atendimento a saúde. Em chopinzinho, os casos de hanseníase em acompanhamento no ano de 2014, chegaram a 20 pessoas, sendo que apenas duas se encontram em tratamento medicamentoso.

 

De acordo com a coordenadora do setor de epidemiologia, a doença afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.

 

O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área. “Podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; e pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros. Além disso, são identificadas quatro formas clínicas da doença: a hanseníase indeterminada que é o estágio inicial da doença e muito comum em crianças. Quando começa nesse estágio, apenas 25% dos casos evoluem para outras formas; a hanseníase Tuberculóide que é uma forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma ou poucas manchas pálidas na pele. Ocorre quando a patologia é paucibacilar (com poucos bacilos), ou seja, não contagiosa. Alterações nos nervos próximos à lesão, podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular; a hanseníase Borderline que é a forma intermediária da doença. Há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensas, em alguns casos é difícil precisar onde começa e onde termina e a hanseníase Virchowiana. Esta é a forma grave da doença, multibacilar, com muitos bacilos, e contagiosa. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.

 

Antibióticos são usados para tratar as infecções, mas o tratamento completo é em longo prazo. Nas formas mais brandas (paucibacilar) demora em torno de seis meses, já nas formas mais graves (multibacilar) o tempo é de um ano ou mais. “Há alguns medicamentos específicos e combinações que são prescritas pelo médico. Alguns não podem ser tomados por grávidas, por isso avise o médico em caso de gravidez. É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida”, destacou a Enfermeira.

 

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil teve 24.612 novos casos de hanseníase foram identificados no ano passado, sendo que 31.568 pessoas receberam tratamento da doença. O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase, atrás somente da Índia. Segundo o governo federal, a hanseníase é uma doença endêmica no país em decréscimo desde 2003. Em 2013, foram detectados 31.044 novos casos. A porcentagem de cura nos dois últimos anos foi de 83,4% e 84%, respectivamente. Em 2003, o Brasil registrou 51.900 casos de hanseníase, uma incidência de 29,37 descobertas em 100 mil habitantes. Em 2014, os dados do ministério até o momento indicam que esse patamar ficou em 12,14 por 100 mil habitantes. Os dados completos de 2014 só devem ser divulgados em março deste ano.



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