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Colaboração entre pais e escola garante funcionalidade de atividades remotas na educação

26/06/2020

Uma pandemia que forçou todos a sairem da sua zona de conforto, baseada principalmente no distanciamento social, deixou as mais de 2000 crianças da rede pública municipal de ensino longe das escolas. Mas desde o início de maio, esta distância ficou menor. Longe dos prédios escolares, mas pertinho dos professores através de atividades remotas e da tecnologia.

A medida de implementar o ensino remoto foi necessária para manter o vínculo das crianças com as instituições e para diminuir a perda pedagógica no período. Em Chopinzinho, a decisão do melhor formato a ser adotado foi tomada em conjunto pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, professores, equipes pedagógicas, direções e Conselho de Educação. Passados quase 2 meses, já é possível perceber um pouco melhor como está a realidade atual das salas de aula.

As atividades estão sendo entregues impressas para os responsáveis a cada 15 dias, quando devem ser devolvidas as da última quinzena respondidas. Além da parte impressa, cada turma conta com um grupo do WhatsApp, onde as professores enviam material complementar (como áudios e vídeos) e os pais postam os trabalhos realizados. Quando voltarem para as salas de aula, estas atividades vão contabilizar com frequência e carga horária.

 

A colaboração dos pais

Cada aluno, pai e turma é único. As experiências que cada professor tem tido variam de acordo com as idades, escolas e realidades apresentadas. Um ponto, porém, é unânime no discurso: o agradecimento aos pais, que tem colaborado para tornar este momento o mais fácil possível. A necessidade da união entre escola e família fica mais evidente que nunca.

“Os pais dizem que o difícil é manter uma rotina de estudo com estas crianças, porque a casa é lugar de lazer, família - de repente uma tarefa -, mas não todo dia aula. O aprendizado não é como na escola, mas os pais estão se enforçando muito para ensinar estas crianças, assim como as crianças para aprender”, diz a professora Suzana de Fátima Kurpel, que trabalha com um 2º ano da Escola Municipal Tasso Azevedo da Silveira.

Ela conta que todos os seus 24 alunos tem conseguido entregar as atividades. Além da parte impressa, tem mesclado as sugestões com as habilidades necessárias nesta faixa etária. Por isso, estimula a escrita de frases e palavras nos cadernos, por exemplo, já que nesta fase está se consolidando a alfabetização. Também, procura explicar por áudio os enunciados, porque as crianças não estão totalmente familiarizadas com as letras de dispositivos eletrônicos.

“Nós até achávamos que seria mais preocupante, mas os pais estão entendendo. Eles tiveram a compreensão de saberem que não tem como todos os pequenos estarem juntos neste momento”, destaca a Professora Nilce Ferreira Bueno, que trabalha com o Maternal II, no CMEI Primeiros Passos. Afinal, as famílias continuam com suas rotinas de trabalho e tiveram que acrescentar a de estudo. A casa tem muitos elementos de distração, o horário não é mais o mesmo.

Uma das principais dificuldades, para os pais, é saberem realizar a atividade mas não como explicá-la para os filhos. Já para os professores a situação é o contrário: não preparam mais aulas apenas para as crianças, mas pensando que são adultos não-professores que terão que repassá-la. “Tentamos adaptar de maneira que ficasse mais fácil para os pais. Na aula a gente tem o dia inteiro para ir complementando e, a distância, temos dar uma enxugada e orientar outras pessoas em como fazer”, diz a professora do Jardim I do CMEI Cristo Rei, Fernanda Raldi, analisando que os recursos pedagógicos da sala de aula são distintos dos da casa de cada um. Ela explica que, como trabalha com crianças pequenas, acrescenta sugestões de brincadeiras possíveis de serem feitas, conta histórias e canta musiquinhas.

“A realidade de cada casa é diferente. No primeiro momento, a situação gerou insegurança, mas depois que foram entregues as atividades, tivemos o retorno, vimos o que precisava melhorar. Todos os pais estão de parabéns pelo empenho que estão tendo”, reforça a Diretora da Escola Municipal Tancredo Neves, Silvia Kopik. Um conselho que ela dá aos pais é que tenham calma, procurem a escola ou a professora se tiverem dificuldades, porque este é um momento delicado para todos. “Queremos evitar que seja algo muito pesado tanto para os pais quanto para as crianças”, diz.

Didática e conteúdo

O planejamento das aulas é pensado para durar cerca de 1 hora por dia, e são sempre de duas disciplinas distintas. O conteúdo é escolhido de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, faixa etária e realidade das turmas. Além da frequência, alguns professores também utilizam o resultado das atividades para avaliação.

A preparação das aulas é feita cada um na sua casa. Depois, os professores trazem na escola para correção e impressão, por parte das pedagogas. No dia da aula, são postados os conteúdos referentes a ela nos grupos de WhatsApp. Neste momento, procura-se usar todos os recursos possíveis, de acordo com a temática, inclusive acrescentando videoaulas do Governo do Estado do Paraná e vídeos do Youtube. “Cada escola apresenta uma realidade, tanto dos pais, quanto das crianças e devemos respeitá-las, procurando atividades que correspondam e sejam possíveis de serem realizadas”, coloca a pedagoga da Escola Municipal Santiago Dantas, Francielli Patel.

Os professores sempre procuram apresentar alternativas acessíveis de materiais. Por exemplo, se a atividade é de brincar de amarelinha na calçada, a professora explica que você pode utilizar para desenhar: o giz, tinta guache, carvão ou tinta de terra.

Todas os professores são unânimes, no entanto, de apontar como o principal problema não terem o retorno imediato das crianças. Sentem falta das trocas do dia a dia, olhar para a “carinha” delas e saberem se o conteúdo foi aprendido, se estão em um dia bom, o que está fazendo falta. A pedagoga Janete de Carli, que trabalha na Escola de Excelência, revela que este ainda é do que sente mais falta, a proximidade dos alunos. “No dia a dia, você consegue ter o resultado e o respaldo destas crianças na hora. Em atividades em casa não é imediato. A resposta na questão do aprendizado, desenvolvimento e dificuldades que os alunos tem apresentado é uma preocupação nossa”, expõe.

Saiba mais sobre o trabalho da Administração Municipal de Chopinzinho:

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