24 de Novembro de 2024
Quem se aproxima das oficinas do Departamento de Cultura já fica atento: algo diferente está no ar. Na Biblioteca da Unicentro, então, o som não deixa negar que é música que acontece ali dentro. E é assim que, nesta semana, as oficinas de violino e de flauta doce completam um ano, com mais de 40 alunos participantes e a prorrogação das atividades para mais 12 meses.
O projeto “Sons que tocam” promove aulas a crianças de 7 a 17 anos que estudam em escolas do Município. Visa, além de democratizar o acesso a aulas de instrumentos musicais, envolver a escola e a questão social, acompanhando os alunos em sua frequência e desempenho escolar. “Percebemos que está sendo bom e tendo bom resultado pelo fato de termos alunos que participam desde o primeiro mês, e também por sempre termos interessados pelas oficinas. Estamos preocupados com a formação global dos alunos”, afirma a Diretora do Departamento de Cultura, Gracielli Demartini, salientando que, à medida que os resultados são expostos à comunidade, aumenta o interesse das pessoas.
O aluno Allan Levi de Lima Rossi, de 13 anos, é um dos que começaram as aulas de violino, lá no início. Ele conta que, incialmente, não tinha tanta vontade de participar, mas a mãe insistiu. “É um instrumento difícil, cheguei e pensei: meu Deus, o que tô fazendo aqui? Aí o professor pediu quem queria encostar no violino para ver como é. Eu levantei, fiquei um pouco com o instrumento e gostei. Acho que é uma coisa bastante boa, que foi bem investido para nós, crianças”, diz.
O projeto é coordenado pelo Departamento de Cultura e mistura recursos do Fundo da Infância e Adolescência (cerca de R$ 28 mil, investidos no pagamento do professor), além de contrapartida do Município, que arca com os instrumentos, acessórios, coordenação e salas de aula. Os alunos estão divididos em 2 turmas de violino e 1 de flauta doce, atendendo a diferentes demandas por horários.
A Daniela de Oliveira Ritter é mais um exemplo de casos bem sucedidos através do “Sons que tocam”. Ela é moradora da comunidade de Santa Inês e seu filho Rafael, de 9 anos participa desde o começo do projeto. “Ele tinha interesse em fazer música, já tinha este despertar dentro dele. Creio que ele tá indo bem, tem gostado”, expõe. Ao tocar as músicas de que gosta, acredita que ajuda seu filho a perseverar e dedicar. Para ela, esta é uma oportunidade para toda a população. Tanto é que, quando abriu a oportunidade, começou a participar da oficina de viola caipira.
Além de aprenderem instrumentos, a proposta é contribuir para o aprimoramento dos alunos em mais âmbitos da vida, com desenvoltura positiva na sociedade. O acompanhamento e diálogo com as escolas acontecem através de relatório trimestral individual, que envolve quesitos como responsabilidade, pontualidade e respeito. O resultado é repassado para cada aluno, buscando contribuir com seu desenvolvimento. Neste sentido, um dos exemplos positivos é do filho da Daniela, o Rafael. Na conversa ela também contou que ele é muito tímido, e que agora, consegue, por si mesmo, fazer perguntas e ter iniciativa em sala de aula, colaborando para a maneira que se expressa.
Com a boa adesão, o Departamento expandiu o número de oficinas de música ofertadas, acrescentando viola caipira, violão e acordeão. Nestas, a idade é livre, e participam de crianças a idosos. No total, hoje são ofertadas 12 tipos diferentes de oficinas pela cultura, em 22 turmas, na cidade e interior do Município.
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